Presidente da Rede Imobiliária Campinas, Rodrigo Coelho de Souza, comenta sobre a crise econômica, que afetou o emprego e o crédito, que sustentavam o mercado imobiliário, que pode voltar a crescer no segundo semestre.
A entidade comemora 10 anos de atuação dentro do conceito de exclusividade compartilhada.
A Rede Imobiliária Campinas completa uma década de fundação nesse mês de agosto, passando por momentos diversos, desde a economia em alta até a crise desses últimos dois anos. Como o presidente da entidade avalia o mercado imobiliário regional nessa década?
Rodrigo Coelho de Souza – Vivenciamos o auge do mercado imobiliário entre os anos de 2009 e início de 2014, período em que o trinômio economia, emprego e crédito, impulsionaram o setor de forma vigorosa. Essa tríade, porém, começou a ruir em face dos descalabros econômicos e dos sucessivos escândalos de corrupção protagonizados pelo governo federal. Atravessamos talvez uma das piores e mais longevas crises políticas e econômicas da história, que parece felizmente caminhar para o fim, e que afetou justamente o tripé que sustentava o crescimento de nosso mercado. A economia combalida, o desemprego e a alta dos juros estagnaram o País e o jogaram em uma profunda recessão.
Como a entidade avalia as perspectivas do mercado regional até o final de 2016?
Rodrigo Coelho de Souza – Ao que tudo indica o segundo semestre de 2016 se caracterizará pela inflexão da curva econômica, com a gradual retomada do crescimento, caso as necessárias e impostergáveis medidas políticas sejam aprovadas pelo Congresso Nacional, como por exemplo, a reforma previdenciária. Vivemos o momento do comprador. A estabilização dos preços dos imóveis, combinada com o alto estoque das grandes incorporadoras cria no mercado oportunidades fantásticas, seja pela flexibilização nos preços e na forma de pagamento, ou pela possibilidade de permutas. No caso dos imóveis novos, encontram-se descontos reais que podem chegar a 20% do preço ou mais. Sem dúvida o momento é propício para quem deseja adquirir ou locar um imóvel. Porém, como o mercado é cíclico e os indicadores econômicos começam a dar sinais de reação, acreditamos que este cenário sofra alterações até o final do ano e os preços voltem a se recuperar.
Qual o balanço que a Rede Imobiliária Campinas faz para essa sua década de atuação?
Rodrigo Coelho de Souza – Foram dez anos de intenso trabalho voltado para o segmento imobiliário de Campinas e região, sempre com o intuito de contribuir para um mercado mais ético e qualificado. A entidade implementou nesse período, o conceito de exclusividade compartilhada. Uma forma mais ágil, inteligente e segura de comercialização de imóveis, pela qual os proprietários podem vender e alugar seus imóveis, utilizando a força das associadas da Rede Campinas, que hoje conta com mais de 700 corretores parceiros, que atuam, preponderantemente, no segmento de médio e alto padrão. Desde o início de suas atividades, a Rede Imobiliária Campinas investiu em um programa de educação continuada para as empresas parceiras e seus corretores associados, através do qual mais de 1.000 corretores já receberam importantes ferramentas para aperfeiçoamento e excelência profissional.
Quais os principais desafios para a próxima década?
Rodrigo Coelho de Souza – O mercado imobiliário brasileiro ainda tem muito a evoluir e a crescer, seja pelo grande déficit habitacional, pelo crescimento vegetativo, ou pela perene formação e dissolução de núcleos familiares. A moradia, portanto, é e sempre será uma necessidade básica. A Rede Imobiliária Campinas está pronta para os desafios da próxima década. A entidade espera que o Poder Público possa fazer o que dele se espera: fomentar o crescimento econômico do País, fazendo valer a frase estampada na nossa bandeira nacional.