Uma pessoa morreu e cinco ficaram feridas; todos eram operários da obra.
Apartamentos custarão de R$ 7 a R$ 10 milhões.
O estande de vendas da obra de um prédio em construção desabou na Vila Olímpia, Zona Sul de São Paulo, por volta das 9h desta sexta-feira (22), segundo o Corpo de Bombeiros. Uma pessoa morreu e cinco ficaram feridas. Ainda não se sabe as causas do acidente.
Segundo o capitão Carlos Duvernay, dos Bombeiros, e Milton Roberto Persoli, coordenador da Defesa Civil, as cinco vítimas tiveram ferimentos leves. Todos eram operários e foram levados ao Pronto- Socorro da Lapa e Vergueiro.
O operário Antonio Soares Nascimento, nascido em 1977, morreu no desabamento, segundo a Defesa Civil.
As buscas pelas vítimas duraram 3 horas e foram encerradas às 12h. A Globonews mostrou o resgate de três vítimas que estavam sob os escombros (veja vídeo de um resgate abaixo).
Ainda de acordo com o capitão Duvernay, a obra tinha paredes de gesso e estrutura metálica leve, o que indica ser uma “obra provisória”. Ao menos 15 viaturas dos Bombeiros foram para o local, na rua Michel Milan.
O estande de vendas tinha dois andares e um apartamento decorado para mostrar às pessoas interessadas em comprar o imóvel. O empreendimento de alto luxo terá unidades de 275 a 592 m², com valor médio de R$ 6,9 milhões a R$ 10 milhões. A Cyrela, responsável pela obra, disse que o estande de vendas foi desativado na última quarta-feira e que as obras do prédio não começaram.
A Defesa Civil ainda não sabe informar as causas do acidente e diz que, a príncipio, a obra era regular. “Não temos ideia do que provocou este colapso nesta estrutura, estamos aguardando os responsáveis da empresa que estava executando a reforma, o estande estava passando por uma reforma, então estamos esperando os encarregados, os engenheiros com as autorizações e os alvarás do projeto para que a gente possa ter uma ideia de uma possível causa”, disse Persoli.
Uma vizinha da obra se assustou com o barulho. “Eu estava na cozinha, ouvi um barulhão, parecia um caminhão cheio de tralha, até achei que tinha sido um acidente [de trânsito]. Fui olhar para ver o que era e começou barulho de viatura”, conta a jornalista Suelen Rodrigues, de 33 anos, uma moradora de um prédio vizinho ao local do desabamento.
A Cyrela informou, por meio de nota, que o estande estava desativado e que presta solidariedade às vítimas.
“A Cyrela e a ICR Construção Racionais lamentam profundamente o ocorrido na data de hoje, esclarecendo que o estande de vendas estava desativado desde a última quarta-feira. As empresas informam que estão prestando toda assistência às vítimas e suas famílias, bem como estão auxiliando as autoridades na investigação dos fatos”, diz a nota.