Em julgamento na tarde desta segunda-feira, STJD decide apenas multar clube
em R$ 10 mil; departamento jurídico alvinegro considera resultado uma “vitória”
O uso de sinalizadores por parte da torcida na vitória por 2 a 1 sobre o Palmeiras, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro, no Majestoso, acarretou apenas em prejuízo financeiro para a Ponte Preta. Em julgamento na tarde desta segunda-feira, no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), a Macaca escapou de perder até dez mandos de campo e levou uma multa de R$ 10 mil. A decisão dos auditores da 1ª Comissão Disciplinar do STJD foi por unanimidade.

STJD absolve Ponte desta vez, mas avisa que reincidência no uso de sinalizadores será fatal (Foto: Marcos Ribolli)
O resultado surpreendeu até mesmo o departamento jurídico alvinegro. Segundo Giuliano Guerreiro, diretor jurídico da Ponte e que estava presente na sessão, o receio era que a Ponte sofresse uma punição severa para servir de exemplo às demais agremiações. O fato de o clube ter sido considerado tecnicamente primário em relação ao uso de sinalizadores e também a identificação de dois envolvidos, com registro de Boletim de Ocorrência, colaboraram para que a denúncia no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) fosse desqualificada.
– É uma vitória da Ponte, contrariando até mesmo as nossas expectativas. Nosso receio era que fossemos usados de exemplo para os demais times, mas tivemos uma defesa atuante e, mesmo o artigo 213 sendo uma infração grave, os auditores entenderam por bem desconsiderar o primeiro parágrafo, que falava em perda de mando, e aplicar a multa. Mas com uma ressalva: eles foram incisivos e, caso haja reincidência, a aplicação pedagógica da perda de mando será uma medida iminente. Então, fica um recado para a torcida, para colaborar para que fatos lamentáveis como esse não aconteçam novamente – afirmou Giuliano Guerreiro, em entrevista à Rádio Bandeirantes, de Campinas.
O artigo 213 do CBJD fala de punição em caso de um clube não tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto (estádio), invasão de campo ou lançamento de objetivos no gramado. Na súmula da partida, o árbitro Leandro Vuaden relatou que o confronto foi paralisado duas vezes – uma em cada tempo – devido à irritação causada pela fumaça branca e preta que saia dos sinalizadores.
Com a decisão do STJD, a Ponte está livre para utilizar o Moisés Lucarelli na sequência de dois jogos como mandante que tem pela frente. Sábado, recebe a Chapecoense, às 16h, em busca da reabilitação após a derrota por 1 a 0 para o Grêmio, em Porto Alegre, no último domingo. Depois, na próxima quarta-feira, encara o Atlético-PR, às 19h30.