Os petroleiros iniciaram na manhã desta nesta sexta-feira uma paralisação que irá até à zero hora deste sábado. A mobilização acontece em todo o país, e segundo o sindicato da categoria, ocorre em protesto contra retirada de direitos trabalhistas, o desmonte da Petrobrás e à entrega do pré-sal a corporações multinacionais.
Na Replan, em Paulínia, a paralisação atingiu 100% dos funcionários de turno e 50% do administrativo, segundo Arthur Ragusa, diretor do Sindicato dos Petroleiros. “Apenas o pessoal de um torno trabalhou para manter as condições operacionais”, explica.
Arthur Ragusa, Diretor do Sindicato dos Petroleiros
A paralisação foi pacífica em Paulínia. “Optamos por um movimento mais tranquilo para não causar um transtorno na rodovia, não transtornar a população. Sabemos que às vezes precisamos de um movimento mais acirrado, mas desta vez não é o caso. Pode ser que mais para frente em um futuro não tão distante nós precisemos fazer movimentos mais severos”.
O diretor do sindicato explicou o motivo da paralisação, que acontece em várias unidades da Petrobrás, tanto em São Paulo quanto em outros estados, é pela manutenção do sistema Petrobrás como uma empresa estatal, com viés público, combatendo a política de privatização do sistema, e pela manutenção do modelo de partilha para exploração do pré-sal, e a Câmara dos Deputados promete, na semana que vem, votar um projeto que altera a lei de partilha”.
Segundo o Sindicato, a paralisação desta sexta-feira marca a retomada das mobilizações em defesa da Petrobrás e do pré-sal, que culminaram na greve da categoria em novembro de 2015. A Replan deverá voltar às atividades à 0 hora deste sábado, na troca de turno.